terça-feira, 15 de fevereiro de 2011


Bravo!
É o que tenho a dizer aos manifestantes do Egito.
Foi uma revolução bela e miraculosa.
Quem diria que o Egito, já vivendo a ditadura há 30 anos, com economia inteiramente baseada no turismo, comprometeria essa atividade e enfrentaria todas as conseqüências sem desistir, seguindo o exemplo de um pequeno país do qual pouco ouvimos falar, a Tunísia, e utilizando a internet, conseguisse através de protestos pacíficos derrubar o ditador Mubarak. É impressionante.
E contrariando a todos os que ainda chamavam os manifestantes de baderneiros, agora limpam toda a sujeira que fizeram na Praça de Tahrir, por terem perfeita consciência e respeito. Gandhi certamente ficaria feliz em ver a desobediência civil tão bem aplicada.
Essa luta e vitória traz sobretudo esperança aos vários países vizinhos que vivem situação semelhante à anterior do Egito. Num efeito dominó que deveria alcançar dimensões globais.
Não sei quanto a mais ninguém, mas para mim, isso corresponde a todos os meus sonhos revolucionários. O futuro, qualquer que seja, ganhou muito com esse exemplo a ser seguido.
Bravo!

sexta-feira, 11 de fevereiro de 2011

Fiquei sabendo há pouco tempo o pensamento de um psicanalista que dizia, mais ou menos, assim: o espírito imaturo deseja morrer por uma causa, já o espírito maduro deseja viver humildemente por ela.
Não quero estar mais certa que ele, mas minhas inclinações anarquistas me impedem de acreditar nisso. E se for verdade, aceito a alcunha de imatura com gosto.
Viver por uma causa é uma atitude nobre, e assim a luta seria prolongada e os resultados podiam aparecer. Mas ter coragem de dizer: “da luta não me retiro, me atiro do alto, que me atirem no peito, mas da luta não me retiro”, pra mim é um ato heróico.
É, percebo que o pensamento é imaturo, mas sinceramente não ligo, porque uma coisa que odeio é covardia, apesar de também ser covarde, mas e daí? Posso mudar de idéia daqui a algum tempo, mas também “prefiro ser essa metamorfose ambulante”
Hoje, ainda acho que é a rebeldia e a teimosia a moverem o mundo. E ponto final.

quarta-feira, 9 de fevereiro de 2011

“Nem toda palavra é aquilo que o dicionário diz”


O coração não é o órgão oco e musculoso, centro motor da circulação do sangue, que nos humanos é tetracavitário com válvulas tricúspide e mitral, átrios e ventrículos, artérias saindo e veias entrando. Nem o conjunto das faculdades afetivas ou sentimento, amor ou afeição completa, estes todos são mais fundos porque todos têm coração, mas nem todos possuem essas capacidades. Não é nada disso. O coração é um tambor que faz o sangue dançar.