quarta-feira, 18 de maio de 2011

Coisas da noite

Como eu não posto nada há nem sei mais quantos dias, vocês devem estar se perguntando: por quê? (na verdade devem estar pouco se importando, mas posso viver com essa minha ilusão) O fato é que minha inspiração tem sido parca e infrutífera.
“Eu não devia te dizer
mas essa lua
mas esse conhaque
botam a gente comovido como o diabo.”
Eu só não tenho o conhaque, Carlos Drummond de Andrade, mas tenho “Moonlight Sonata” do Beethoven, e a lua ... ah a Lua. Está linda, cheia, claríssima, fazendo jus à alcunha de “sol de prata”.
Não sei se vocês perceberam, mas eu adoro a Lua, e fiz um punhado de textos sobre ela (se conseguisse, faria versos porque o que eu sinto é quase uma paixão platônica).
Confesso que em muitas noites me esqueço, nem olho para o céu. Mas como é bom estar distraída e de repente, não mais que de repente, ver a sua figura, tão marcante e singela, entre os prédios. Nessas horas, me sinto a única no mundo a vê-la.
Bom, como recompensa aos que chegaram até aqui nesse texto completamente improdutivo, um testículo:

Tem gente que diz que olhando para as estrelas se olha para o passado, por conta dos milhares de anos luz nos separando. Fico olhando para elas agora (quer dizer, para aquelas poucas que se aventuram no céu urbano), e imaginando de onde elas vieram.
Só pensava que elas vieram do big bang, pronto, sem mais discução porque já é difícil de aceitar que tudo veio de um grão extremamente denso que explodiu. Mas agora já existem teorias sobre antes do big bang, um big crunch, outro universo, cordas vibrantes que compõem tudo...Todas essas teorias são serias, mas parecem muito alucinógenas pra mim, muito surreal. Não consigo aceitar que a possibilidade de um hipopótamo aparecer aqui e agora existe.
Mas, olhando para o céu não importa de onde ela veio, é um trabalho bem feito.

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