sexta-feira, 4 de maio de 2012


Não, não vou te dar meu telefone, nem vou garantir que o nome que falei seja o meu. Também não me diga mais nada sobre você porque tenho uma certa mania de Cinderela de achar que vou encontrar meu príncipe encantado em uma festa. Portanto, me fale algo que te faça desprezível para que eu não possa sonhar com o seu vulto contra a luz dançante. Porque, hoje, nem eu nem você somos nós mesmos, ou somos o que queríamos ser, deixo essa questão à psicanálise.
Hoje eu estou aqui para esquecer e dançar conforme a música. O que eu quero mesmo é isso: beijos livres, palavras bonitas soltas com vapores alcoólicos. Amanhã a realidade recomeça: eu não vou me lembrar de seu rosto e você não saberá meu nome. Posso até estar perdendo uma grande oportunidade, mas não será esta noite que vou pagar pra ver. 

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