quarta-feira, 1 de setembro de 2010

Estou farta desse amor fingido. Do amor inventado que quando acaba parece nunca ter existido. Do amor que precisa de razão para existir. Do amor que pensa ter o direito de prender o outro.
Não é qualquer tipo de amor que vale a pena, não é qualquer tipo de amor que vale amar. Se for para amar alguém, que esse alguém seja inteiro, não a metade de uma laranja. Que seja mais que alma gêmea, seja corpo, seja mente. E que seja sobretudo real, ao invés de ser perfeito.
O amor tem que ser grande e estranho, quente e perigoso, porque ele realmente é fogo, e como este, também acaba. Acaba deixando nos corações humanos amizade e nos de ouro, ódio.
Se se morre de amor? Não, não se morre. Mas o que se fez amante agora se faz triste. E amor sempre rima com dor, porém o que pode uma criatura senão outras criaturas amar? E a esperança de amar de novo é erva benigna que nunca morre.
Não quero mais saber de amor que não seja libertação!


*Com citações e paráfrases de: Manuel Bandeira, Cazuza, Luís Vaz de Camões, Gonçalves Dias, Vinícius de Moraes, Carlos Drummond de Andrade, Mário de Andrade.

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