quarta-feira, 18 de agosto de 2010


Acordo com o despertador.
Me levanto com o sono pesando nos meus olhos.
O expulso daí com água. A água que molha meu corpo e o acorda para mais um dia.
Mais um dia. Um dia que nasce vermelho e vai expulsando o roxo da noite pelo outro lado.
A lua vai se apagando. As estrelas já se foram.
E o sol vai subindo. Assistindo ao mundo se movimentando.
Me assistindo correr e correr, no meio de outros tantos corredores. Todos nós corremos, e queremos chegar primeiro, logo nós, que não temos pódio de chegada e não conhecemos o de largada.
Logo nós. Por quê?
Mas devido a nossa correria o mundo gira.
O dia se vai vermelho como nasceu.
As estrelas voltam. A lua se acende de novo.
Pergunto a ela os segredos que guarda no manto da noite.
Ela não me responde.
Me deito com o sono pesando nos meus olhos ajusto o despertador.
E durmo mais uma vez.

Um comentário:

  1. Sendo bem franco, é um texto melhor que o outro, muito bons mesmo.
    Meus parabéns Marília, são muito envolventes mesmo.

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